No segundo filme da saga Transformers, em cartaz nos cinemas, Chevrolet Camaro e Ford Mustang travam um duelo eletrizante, com perseguições em alta velocidade e metamorfoses surpreendentes. O Camaro defende a legião dos Autobots e o Mustang representa os Decepticons. A fita recria uma antiga rivalidade da vida real que nasceu com a estreia do Camaro, em 1967, três anos depois da chegada do Mustang. E foi reeditada agora com o relançamento do carro da Chevrolet, que estava fora de linha desde 2002. Na vida real, assim como ocorre no filme, o Camaro, embalado pela novidade do lançamento, está levando a melhor. O Mustang chegou na linha 2010 com novo visual e mais equipamentos de série, mas, por mais que ele tenha mudado, é essencialmente o mesmo carro lançado em 2005, data da chegada da sexta geração ao mercado. No mês de julho de 2009, foram vendidas nos Estados Unidos 7 113 unidades do Camaro, ante 6 686 unidades do Mustang. Por aqui, aonde os dois chegam pelas mãos de importadores independentes, a performance nas lojas parece confirmar a vantagem para o Chevrolet. Segundo o importador Marcelo Callegari, da Dubai Motors, de Ribeirão Preto (SP), que cedeu os carros mostrados nesta avaliação, o Camaro é a bola da vez. Os carros que aparecem nas fotos têm as mesmas cores dos modelos usados no cinema – embora o Mustang do filme seja um carro de polícia equipado com quebra-mato e luzes no teto e tenha as portas dianteiras brancas. Mas este foi um encontro diplomático, em razão da diferença de forças entre as versões apresentadas. O Camaro é uma versão topo-de-linha V8 que custa 330 000 reais. E o Mustang é uma versão intermediária V6 à venda por 170 000 reais (preços apurados em julho de 2009). Camaro e Mustang disputam o mesmo consumidor e por isso têm muito em comum. Suas carrocerias têm frente longa, traseira curta e cabine do tipo 2+2, onde os bancos traseiros são quase peças decorativas. Os motores produzem roncos graves e as suspensões privilegiam o conforto. Apesar das semelhanças, porém, cada um carrega seu DNA, o que acaba por fazer a diferença. O Camaro, por exemplo, é um cupê mais luxuoso. Ele oferece mais espaço e seu câmbio (manual) tem engates mais suaves. Mas, para fazer jus ao motor V8 de 426 cv, não abre mão de suspensões (multilink nos dois eixos) firmes e esportivas. O Mustang, por sua vez, é mais despojado e fiel a seu conceito original – de carro individual feito para o deleite exclusivo de seu proprietário. Sua cabine é menor e menos confortável e suas reações são mais prontas. A direção é mais rápida e a suspensão (com eixo rígido, na traseira) deixa o carro mais solto, nas curvas. Cada um, à sua maneira, reverencia os antepassados. Para relançar o Camaro, a GM buscou inspiração no modelo da primeira geração, produzida entre 1967 e 1969. A grade pontuda, os faróis redondos, as lanternas quadradas e a linha de cintura em forma de onda são leituras fiéis do estilo do modelo de estreia. Por dentro, mesmo quem nunca viu um Camaro antigo antes vai reconhecer as linhas retrô do projeto. Assim como no modelo 69, os instrumentos redondos estão instalados dentro de molduras quadradas. E, no console, há quatro mostradores que indicam pressão do óleo, temperatura do óleo, voltagem da bateria e temperatura do óleo da transmissão. O Mustang 2010 passou por uma reestilização, mas manteve as ligações com a versão de 1964. Os pontos de identificação são os faróis, o capô, a linha de teto fast-back e a vigia traseira. Na versão 2010, o vinco lateral inferior foi suavizado, assim como as linhas de contorno dos cantos da carroceria. As rodas têm novo desenho e, na traseira, as lanternas ganharam três lentes de tamanhos diferentes, que piscam em sequência, quando o motorista aciona o indicador de direção, como era nos modelos dos anos 60. Internamente, as mudanças foram discretas, mas o acabamento ficou mais bem cuidado, com a introdução de novos materiais. O painel ganhou plásticos de melhor qualidade e detalhes de alumínio. No que diz respeito à mecânica, os dois modelos têm versões V6 e V8 na linha. O Camaro pode ser equipado com motor 3.6 V6 de 304 cv ou 6.2 V8 de 426 cv, enquanto o Mustang tem as opções 4.0 V6 de 213 cv e 4.6 V8 de 315 cv. As fábricas não divulgaram números de desempenho. Contudo, segundo o site americano Edmunds.com, um Camaro SS equipado com câmbio manual, como o modelo avaliado aqui, acelera de 0 a 60 mph (96 km/h) em 4,6 segundos e o Mustang V6, com câmbio manual de cinco marchas, faz o mesmo em 6 segundos. Sinal dos tempos, apesar dos músculos e das caras de mau que os cupês expressam, na hora de falar de rendimento, as fábricas preferem demonstrar o quanto eles são econômicos. A GM anuncia que o V8 do Camaro tem sistema de monitoramento de consumo, com corte de alimentação para quatro cilindros, nas situações em que oito não são necessários. E a Ford diz que, graças a ajustes feitos no motor, o Mustang melhorou seu rendimento. Segundo a GM, o Camaro SS faz 6,8 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada. A Ford, por sua vez, diz que o Mustang V6 consegue as médias de 7,6 e 11 km/l, respectivamente. Os números são baseados nos ciclos de consumo americanos. Nessa hora, os “Transformers” tentam parecer inofensivos carrinhos.
30 de outubro de 2009
Chevrolet Camaro e Ford Mustang
Alinhamos os dois eternos rivais americanos para um encontro diplomático
No segundo filme da saga Transformers, em cartaz nos cinemas, Chevrolet Camaro e Ford Mustang travam um duelo eletrizante, com perseguições em alta velocidade e metamorfoses surpreendentes. O Camaro defende a legião dos Autobots e o Mustang representa os Decepticons. A fita recria uma antiga rivalidade da vida real que nasceu com a estreia do Camaro, em 1967, três anos depois da chegada do Mustang. E foi reeditada agora com o relançamento do carro da Chevrolet, que estava fora de linha desde 2002. Na vida real, assim como ocorre no filme, o Camaro, embalado pela novidade do lançamento, está levando a melhor. O Mustang chegou na linha 2010 com novo visual e mais equipamentos de série, mas, por mais que ele tenha mudado, é essencialmente o mesmo carro lançado em 2005, data da chegada da sexta geração ao mercado. No mês de julho de 2009, foram vendidas nos Estados Unidos 7 113 unidades do Camaro, ante 6 686 unidades do Mustang. Por aqui, aonde os dois chegam pelas mãos de importadores independentes, a performance nas lojas parece confirmar a vantagem para o Chevrolet. Segundo o importador Marcelo Callegari, da Dubai Motors, de Ribeirão Preto (SP), que cedeu os carros mostrados nesta avaliação, o Camaro é a bola da vez. Os carros que aparecem nas fotos têm as mesmas cores dos modelos usados no cinema – embora o Mustang do filme seja um carro de polícia equipado com quebra-mato e luzes no teto e tenha as portas dianteiras brancas. Mas este foi um encontro diplomático, em razão da diferença de forças entre as versões apresentadas. O Camaro é uma versão topo-de-linha V8 que custa 330 000 reais. E o Mustang é uma versão intermediária V6 à venda por 170 000 reais (preços apurados em julho de 2009). Camaro e Mustang disputam o mesmo consumidor e por isso têm muito em comum. Suas carrocerias têm frente longa, traseira curta e cabine do tipo 2+2, onde os bancos traseiros são quase peças decorativas. Os motores produzem roncos graves e as suspensões privilegiam o conforto. Apesar das semelhanças, porém, cada um carrega seu DNA, o que acaba por fazer a diferença. O Camaro, por exemplo, é um cupê mais luxuoso. Ele oferece mais espaço e seu câmbio (manual) tem engates mais suaves. Mas, para fazer jus ao motor V8 de 426 cv, não abre mão de suspensões (multilink nos dois eixos) firmes e esportivas. O Mustang, por sua vez, é mais despojado e fiel a seu conceito original – de carro individual feito para o deleite exclusivo de seu proprietário. Sua cabine é menor e menos confortável e suas reações são mais prontas. A direção é mais rápida e a suspensão (com eixo rígido, na traseira) deixa o carro mais solto, nas curvas. Cada um, à sua maneira, reverencia os antepassados. Para relançar o Camaro, a GM buscou inspiração no modelo da primeira geração, produzida entre 1967 e 1969. A grade pontuda, os faróis redondos, as lanternas quadradas e a linha de cintura em forma de onda são leituras fiéis do estilo do modelo de estreia. Por dentro, mesmo quem nunca viu um Camaro antigo antes vai reconhecer as linhas retrô do projeto. Assim como no modelo 69, os instrumentos redondos estão instalados dentro de molduras quadradas. E, no console, há quatro mostradores que indicam pressão do óleo, temperatura do óleo, voltagem da bateria e temperatura do óleo da transmissão. O Mustang 2010 passou por uma reestilização, mas manteve as ligações com a versão de 1964. Os pontos de identificação são os faróis, o capô, a linha de teto fast-back e a vigia traseira. Na versão 2010, o vinco lateral inferior foi suavizado, assim como as linhas de contorno dos cantos da carroceria. As rodas têm novo desenho e, na traseira, as lanternas ganharam três lentes de tamanhos diferentes, que piscam em sequência, quando o motorista aciona o indicador de direção, como era nos modelos dos anos 60. Internamente, as mudanças foram discretas, mas o acabamento ficou mais bem cuidado, com a introdução de novos materiais. O painel ganhou plásticos de melhor qualidade e detalhes de alumínio. No que diz respeito à mecânica, os dois modelos têm versões V6 e V8 na linha. O Camaro pode ser equipado com motor 3.6 V6 de 304 cv ou 6.2 V8 de 426 cv, enquanto o Mustang tem as opções 4.0 V6 de 213 cv e 4.6 V8 de 315 cv. As fábricas não divulgaram números de desempenho. Contudo, segundo o site americano Edmunds.com, um Camaro SS equipado com câmbio manual, como o modelo avaliado aqui, acelera de 0 a 60 mph (96 km/h) em 4,6 segundos e o Mustang V6, com câmbio manual de cinco marchas, faz o mesmo em 6 segundos. Sinal dos tempos, apesar dos músculos e das caras de mau que os cupês expressam, na hora de falar de rendimento, as fábricas preferem demonstrar o quanto eles são econômicos. A GM anuncia que o V8 do Camaro tem sistema de monitoramento de consumo, com corte de alimentação para quatro cilindros, nas situações em que oito não são necessários. E a Ford diz que, graças a ajustes feitos no motor, o Mustang melhorou seu rendimento. Segundo a GM, o Camaro SS faz 6,8 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada. A Ford, por sua vez, diz que o Mustang V6 consegue as médias de 7,6 e 11 km/l, respectivamente. Os números são baseados nos ciclos de consumo americanos. Nessa hora, os “Transformers” tentam parecer inofensivos carrinhos.
No segundo filme da saga Transformers, em cartaz nos cinemas, Chevrolet Camaro e Ford Mustang travam um duelo eletrizante, com perseguições em alta velocidade e metamorfoses surpreendentes. O Camaro defende a legião dos Autobots e o Mustang representa os Decepticons. A fita recria uma antiga rivalidade da vida real que nasceu com a estreia do Camaro, em 1967, três anos depois da chegada do Mustang. E foi reeditada agora com o relançamento do carro da Chevrolet, que estava fora de linha desde 2002. Na vida real, assim como ocorre no filme, o Camaro, embalado pela novidade do lançamento, está levando a melhor. O Mustang chegou na linha 2010 com novo visual e mais equipamentos de série, mas, por mais que ele tenha mudado, é essencialmente o mesmo carro lançado em 2005, data da chegada da sexta geração ao mercado. No mês de julho de 2009, foram vendidas nos Estados Unidos 7 113 unidades do Camaro, ante 6 686 unidades do Mustang. Por aqui, aonde os dois chegam pelas mãos de importadores independentes, a performance nas lojas parece confirmar a vantagem para o Chevrolet. Segundo o importador Marcelo Callegari, da Dubai Motors, de Ribeirão Preto (SP), que cedeu os carros mostrados nesta avaliação, o Camaro é a bola da vez. Os carros que aparecem nas fotos têm as mesmas cores dos modelos usados no cinema – embora o Mustang do filme seja um carro de polícia equipado com quebra-mato e luzes no teto e tenha as portas dianteiras brancas. Mas este foi um encontro diplomático, em razão da diferença de forças entre as versões apresentadas. O Camaro é uma versão topo-de-linha V8 que custa 330 000 reais. E o Mustang é uma versão intermediária V6 à venda por 170 000 reais (preços apurados em julho de 2009). Camaro e Mustang disputam o mesmo consumidor e por isso têm muito em comum. Suas carrocerias têm frente longa, traseira curta e cabine do tipo 2+2, onde os bancos traseiros são quase peças decorativas. Os motores produzem roncos graves e as suspensões privilegiam o conforto. Apesar das semelhanças, porém, cada um carrega seu DNA, o que acaba por fazer a diferença. O Camaro, por exemplo, é um cupê mais luxuoso. Ele oferece mais espaço e seu câmbio (manual) tem engates mais suaves. Mas, para fazer jus ao motor V8 de 426 cv, não abre mão de suspensões (multilink nos dois eixos) firmes e esportivas. O Mustang, por sua vez, é mais despojado e fiel a seu conceito original – de carro individual feito para o deleite exclusivo de seu proprietário. Sua cabine é menor e menos confortável e suas reações são mais prontas. A direção é mais rápida e a suspensão (com eixo rígido, na traseira) deixa o carro mais solto, nas curvas. Cada um, à sua maneira, reverencia os antepassados. Para relançar o Camaro, a GM buscou inspiração no modelo da primeira geração, produzida entre 1967 e 1969. A grade pontuda, os faróis redondos, as lanternas quadradas e a linha de cintura em forma de onda são leituras fiéis do estilo do modelo de estreia. Por dentro, mesmo quem nunca viu um Camaro antigo antes vai reconhecer as linhas retrô do projeto. Assim como no modelo 69, os instrumentos redondos estão instalados dentro de molduras quadradas. E, no console, há quatro mostradores que indicam pressão do óleo, temperatura do óleo, voltagem da bateria e temperatura do óleo da transmissão. O Mustang 2010 passou por uma reestilização, mas manteve as ligações com a versão de 1964. Os pontos de identificação são os faróis, o capô, a linha de teto fast-back e a vigia traseira. Na versão 2010, o vinco lateral inferior foi suavizado, assim como as linhas de contorno dos cantos da carroceria. As rodas têm novo desenho e, na traseira, as lanternas ganharam três lentes de tamanhos diferentes, que piscam em sequência, quando o motorista aciona o indicador de direção, como era nos modelos dos anos 60. Internamente, as mudanças foram discretas, mas o acabamento ficou mais bem cuidado, com a introdução de novos materiais. O painel ganhou plásticos de melhor qualidade e detalhes de alumínio. No que diz respeito à mecânica, os dois modelos têm versões V6 e V8 na linha. O Camaro pode ser equipado com motor 3.6 V6 de 304 cv ou 6.2 V8 de 426 cv, enquanto o Mustang tem as opções 4.0 V6 de 213 cv e 4.6 V8 de 315 cv. As fábricas não divulgaram números de desempenho. Contudo, segundo o site americano Edmunds.com, um Camaro SS equipado com câmbio manual, como o modelo avaliado aqui, acelera de 0 a 60 mph (96 km/h) em 4,6 segundos e o Mustang V6, com câmbio manual de cinco marchas, faz o mesmo em 6 segundos. Sinal dos tempos, apesar dos músculos e das caras de mau que os cupês expressam, na hora de falar de rendimento, as fábricas preferem demonstrar o quanto eles são econômicos. A GM anuncia que o V8 do Camaro tem sistema de monitoramento de consumo, com corte de alimentação para quatro cilindros, nas situações em que oito não são necessários. E a Ford diz que, graças a ajustes feitos no motor, o Mustang melhorou seu rendimento. Segundo a GM, o Camaro SS faz 6,8 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada. A Ford, por sua vez, diz que o Mustang V6 consegue as médias de 7,6 e 11 km/l, respectivamente. Os números são baseados nos ciclos de consumo americanos. Nessa hora, os “Transformers” tentam parecer inofensivos carrinhos.
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