O mundo em crise econômica e o retorno do IPI de forma gradual não foram suficientes para esfriar o desempenho do mercado automobilístico brasileiro. Em outubro deste ano, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a indústria bateu recorde ao subir 15,7% em relação a setembro. Ao todo, foram produzidas 315 956 unidades entre automóveis de passeio e comerciais leves, número também 6,3% superior ao registrado no mesmo mês em 2008.
Apesar do melhor outubro da história, o acumulado dos 10 primeiros meses de 2009 ainda é 9,7% inferior ao anotado em 2008. No total, o setor já acumula 2 637 326 automóveis fabricados (entre veículos montados e CKD), contra 2 921 586 da somatória do ano anterior. A explicação está na redução das exportações, que registram queda de 42% em relação ao ano passado. De janeiro a outubro, a indústria automotiva exportou 371 418 carros, enquanto 640 475 unidades já haviam saído do país no mesmo período em 2008.
O número de automóveis nacionais e importados licenciados em outubro também sofreu redução. Segundo registro da Anfavea, houve baixa de 7% em relação a setembro, com 294 466 carros (50 744 comerciais leves) registrados. Ainda assim, o acumulado de emplacamentos segue em alta no ano. Na comparação com 2008, a volume já é 6,1% superior. Outro dado importante é participação dos carros flex no mercado. Os bicombustíveis representam 88,6% de todos os automóveis vendidos no país até o momento.
No ranking das fabricantes deu Fiat mais uma vez na ponta. No total, a marca italiana vendeu 67 987 unidades (automóveis de passeio e veículos comerciais leves) em outubro, seguida da Volkswagen, com 59 293 modelos. Na sequência figuram GM (55 335), Ford (28 041), PSA Peugeot-Citroën (15 461), Renault (12 816) e Honda (11 327).
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